A primeira fase de reuniões ao abrigo do Pés no Terreno – Plano de Reforço da Ação Cooperativa da Mútua dos Pescadores – terminou na Torreira (Murtosa).
À mesa estiveram reunidos representantes da Mútua dos Pescadores e da comunidade local. Debateram-se os eternos problemas da Ria e da produção de Bivalves que são o motor económico que se extrai daquelas águas.
A escassez do Choco e de outras espécies complementares aos bivalves, foi outra das preocupações afloradas no debate.
Em termos de infraestruturas de apoio à pesca, o porto de abrigo recentemente construído, ficou aquém das necessidades, visto que, não há lugares para todas as embarcações locais. A inadaptação do posto de vendagem aos horários praticados pelos pescadores e apanhadores, bem como, a extrema dependência face aos comerciantes, fundamentalmente de bivalves, denota uma grande incapacidade de organização por parte dos produtores em construir verdadeiras alternativas de comercializar o produto do seu trabalho, foram outras questões apontadas.
As atividades turísticas à volta da ria são cada vez mais uma realidade que começa a modificar aos hábitos e a proveniência dos rendimentos para a gentes locais.
Em setembro, o Pés no Terreno voltará a recolher e a divulgar mais informações da intervenção da Mútua dos Pescadores junto das comunidades ribeirinhas ao longo do litoral português.
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